domingo, 31 de dezembro de 2023

Um poema de ano novo... ou algo assim


A julgar pelo abandono em que se encontra este blog, ninguém diria quão intenso foi o ano do seu autor. Teve lançamento de livro novo e um inédito patronato da feira do livro de Lajeado, que me deram muitas alegrias. Tem outro livro a caminho, já revisado e prestes a ir para a impressão; e um terceiro bem adiantado na escrita, que deve sair em 2025.

Mas para não ficar o ano inteiro de 2023 sem postar nada, deixo aqui de última hora essa mensagem (?) de ano novo, escrita nos primeiros dias de 2022 e que está em Os Tons de Tudo. É sobre a necessidade que temos de olhar para trás e fazer balanços, para podermos melhorar nos anos que vem pela frente.

Um ótimo 2024 a tod@s.



Soneto 44 (Do ano novo)


Enquanto eu tomo o resto do espumante

(bebida adocicada que em geral

refugo e só nas festas de Natal

e Réveillon tolero, consoante

 

é tradição no mundo ocidental),

dedico-me a escrever uma mensagem

que, em vez de desejar felicidades

no ano que inicia a quem lerá,

 

nos anteriores fixa sua lente

­­(nos mais remotos e nos mais recentes),

em busca de um balanço, sempre mais

inútil quanto mais pareça urgente.

 

De resto, é tradição também das gentes

fazer balanços; e escrever, meu mal.