Poema de Ano Novo
Quem nunca viu uma criança
que acaba de aprender a andar
e avista o mar, e ao mar se lança?
E vem correndo, a despencar,
aos trancos, sem nenhum cuidado,
buscando o mar, buscando o mar.
Assim, suponho, eu deveria
precipitar-me rumo ao novo,
sem medo, com ar de maravilha.
(Penso cá comigo, entretanto:
alguém tem que impedir que a pobre
acabe por descuido se afogando.)
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