A julgar pelo abandono em que se encontra este blog, ninguém diria quão intenso foi o ano do seu autor. Teve lançamento de livro novo e um inédito patronato da feira do livro de Lajeado, que me deram muitas alegrias. Tem outro livro a caminho, já revisado e prestes a ir para a impressão; e um terceiro bem adiantado na escrita, que deve sair em 2025.
Mas para não ficar o ano inteiro de 2023 sem postar nada, deixo aqui de última hora essa mensagem (?) de ano novo, escrita nos primeiros dias de 2022 e que está em Os Tons de Tudo. É sobre a necessidade que temos de olhar para trás e fazer balanços, para podermos melhorar nos anos que vem pela frente.
Um ótimo 2024 a tod@s.
Soneto 44 (Do ano novo)
Enquanto eu tomo o resto do espumante
(bebida adocicada que em geral
refugo e só nas festas de Natal
e Réveillon tolero, consoante
é tradição no mundo ocidental),
dedico-me a escrever uma mensagem
que, em vez de desejar felicidades
no ano que inicia a quem lerá,
nos anteriores fixa sua lente
(nos mais remotos e nos mais recentes),
em busca de um balanço, sempre mais
inútil quanto mais pareça urgente.
De resto, é tradição também das gentes
fazer balanços; e escrever, meu mal.
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