E já que é quase dia das mães, o blog vai homenagear duas esta semana.
A minha, é claro, dona Ledy, com essa foto, também do lançamento de O Primeiro Anel, em 1996, na companhia de meu pai (que por sinal faria 85 anos na semana que vem).
E a Isabela, mãe das minhas filhas, para quem escrevi o poema aí embaixo, colocando seu apelido no primeiro verso. Poema que faz parte do mesmo livro e até então talvez o melhor que eu havia escrito, na minha (nem tão) humilde opinião. Ele já tinha rendido uma menção honrosa no II Concurso de Literatura da Fundação Cultural de Canoas, em 1994; e saído na antologia Banco de Talentos, no ano seguinte, resultado de um concurso promovido pela Federação Brasileira de Associações de Bancos (FEBRABAN). (Para quem não sabe, eu era bancário na época.) Nesta publicação, formava um “Tríptico” com outros dois, que reproduzirei por aqui, na sequência. Vamos a ele. Reparem: 1) no ritmo; 2) que embora as rimas não sejam lá essas riquezas, usei rimas internas, isto é, palavras que rimam entre si mas estão no meio dos versos, não no final.
Ao largo, no horizonte, bela,
ostenta imaculada vela
a nave, como se levasse
o que sonhaste: quem te amasse.
Quem, embora nada soubesse
de ti, andava ao que parece
em teu encalço, pela estrada
de suave luar iluminada.
Trazia, sem embargo, a fronte
carregada de dor e um monte
de perguntas que ao mar jogava,
uma a uma, enquanto esperava:
se não seria tarde, agora;
ou quanto tempo o amor vigora?
Se pode o que arde ser falso;
ou ia um deus andar descalço?
Bravo!
ResponderExcluirGracias.
ExcluirBravo!
ResponderExcluirQue coisa linda, que inspiração !
ResponderExcluirValeu!
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