Meus pais, no lançamento de Viagens de uma Caneta |
Não sei se se presta muito bem à efeméride, pois que nele a ironia, como de costume, se mete a disfarçar o romantismo (ou a rir dele). Julgue o leitor.
SONETO VIII
para Lu
vêm as amadas mortas, queridas,
e as esquecidas, ainda agora tentando
em mim prolongar suas vidas.
Por um nada não fomos felizes,
dizem umas, e logo ao meu pescoço
se lançam. Outras, de empinados narizes,
me acusam: "– Já não parece tão moço..."
E dançam, com vontade, as musas
de outrora, com escárnio ou ternura.
E logo a elas se juntam, confusas,
outras tantas lembranças, em tal mistura
de louras, negras, índias e cafuzas,
que já não sei meu coração o que procura.
(24/1/1991)
Santi, sempre curvas, retas, morenas, loiras e muitas, as suas linhas, belas linhas.
ResponderExcluirAbraços ao amigo!